Um homem na cidade
Dezembro 12, 2011
Laura Abreu Cravo
Não sou uma entendida do Fado, para o qual despertei tarde e pouco me atrevi a deambular muito além dos meus incontestáveis: Amália, Aldina e Camané. Mas este disco, do Carlos do Carmo, é a voz e a alma da minha Lisboa, da Lisboa dos que não nasceram cá e a adoptaram como sua, da minha primeira casa em Campo de Ourique, quando Lisboa deixou de ser um sítio para onde se ia e voltava de casa dos pais e passou a ser a minha casa.
E, naquelas alturas da vida em que tudo muda e a vida sofre com a turbulência dos dias, é bom que o Carlos do Carmo nos recorde que (esta) Lisboa fica na mesma.