Um plácido domingo
Outubro 19, 2011
Laura Abreu Cravo
As pessoas são todas diferentes, tal como são diferentes os respectivos graus de intensidade e o impacto que causam nos que as rodeiam. O mundo recompensa socialmente os interessantes e vivazes, mas, nesta casa, é cada vez maior o carinho pelas criaturas especialmente taciturnas, que entremeiam os silêncios com um humor refinado e que não sentem a necessidade de ensurdecer o mundo com a sua fanfarra umbiguista. Se a única forma de transmissão de ideias interessantes a que estão habilitados é a gritaria, imploro que se limitem a sussurrar banalidades. Pode não despertar curiosidades ou abrir caminho para o Nobel, mas a placidez nunca fez ninguém querer descansar uma marreta na cabeça do seu interlocutor.
Adenda: Este post não deveria nunca ter sido um post, mas um e-mail com destinatário. O e-mail seguiu, mas o que foi escrito não se apaga. E por isso fica a nota.